sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Dinossauros Alive

E de que maneira passei a minha última folga do ano?! 

Fui ver uma exposição de dinossauros que aparentemente era virada para o público infantil e eu não sabia, yay!



Tomei conhecimento desta exposição através de posters no metro de Lisboa e, para quem não sabe, eu desde que me lembro de existir que amo dinossauros. Quando não sabia ler já dizia que queria ser paleontóloga (ou arqueóloga, porque pensava que era tudo a mesma coisa). Hoje digo a mesma coisa quando me perguntam o meu dream job ou o que eu gostava de ter seguido, por isso podem ver como sou mesmo uma pessoa de ideias fixas.
Os anos passaram mas o amor a esses bichos extintos sempre se manteve. A minha infância foi recheada de dinossauros e ainda hoje vibro a ver os Jurassic Park e Em Busca do Vale Encantando.

E assim lá fui eu, um dia após ter visto esse poster no metro que coincidiu com a minha última folga de 2017, à Cordoaria Nacional.

Chegando lá só vejo crianças. Ugh. Cheguei rapidamente à conclusão que aquilo era para putos. Mas já lá estava, ia entrar! A culpa também foi minha: não pesquisei nada sobre a exposição, só fiquei com o pito aos saltos para ir ver algo relacionado com dinossauros. Descobri isso à noite e na manhã seguinte estava lá.




Penso que era a única adulta que lá estava não acompanhada por algum menos. No fucks given.
Tive que engolir o barulho comum da miudagem sem me stressar e controlar-me para não dar uma palmada na mão de cada vez que via um miúdo a mexer em objectos da exposição e a bater nos vidros sem os pais dizerem nada. A criançada pode comportar-se como uns monstrinhos mas a culpa é dos pais que os deixam fazer tudo, enfim, adiante.
Tive também o azar de ter apanhado uma excursão de escola com imensas crianças. SHIT. Tive que ver a primeira sala meio à pressa para não os apanhar mas depois de chegar à sala dos fósseis, eles não se interessaram, viram tudo depressa e desapareceram, assim já pude ver o resto da exposição com calma sem os apanhar.



Como era de se esperar, todos os fósseis eram réplicas. Não havia ali nem uma peça original, nem uma mísera unha ou dente de dinossauro. Fico com pena mas era algo que já estava à espera. Algumas podiam ter sido melhor trabalhadas porque se viam impressões digitais na argila.



O resto da exposição era basicamente dinossauros robots a fazer sempre o mesmo movimento: diziam que sim, que não, abriam a boca e mostravam-nos as unhas.

Os sons eram terríveis. Ouvi por lá desde elefantes a chitas.

As proporções dos dinossauros robots também eram uma lástima. Na placa de informação sobre a espécie mostravam-nos que determinado dinossauro era do tamanho de um humano, mas o robot era duas vezes o tamanho de um humano. Ao menos tentavam gerir a coisa para passar melhor despercebida. Mas lá tenho eu que me lembrar que aquilo é para crianças que nem reparam nessas coisas.


Ignorando também o facto de não existirem lá dinossauros com penas apesar de nas placas as ilustrações apresentarem-nos com elas. (Estou a olhar para vocês, raptors). Essa deixo passar porque a cena das penas é mais ou menos recente e o pessoal ainda está demasiado preso à ideia dos grandes lagartos no Jurassic Park (admito também que ver dinossauros com penas me faz perder um pouco o respeito que tenho por eles porque ficam menos intimidadores, se bem que não queria ficar sem um braço por uma galinha grande com dentes afiados).

Havia dinossauros que estavam realmente giros mas havia outros que metiam dó. Olhos do tamanho do meu punho em dinossauros pequenos. Que cringe.


Também estava constantemente a dar a theme song do Jurassic Park. A originalidade. 



A sinalética era péssima mas uma pessoa lá se conseguia orientar sozinha.

Havia um espetáculo qualquer que tinha acabado quando passei por ele que não sei o que quer era e também não tinha curiosidade nenhuma. Naquela altura já conseguia imaginar um T-Rex de tutu a patinar no gelo.



No fim havia uma sala para os miúdos cavarem fósseis em tanques de areia da praia e desenhar dinossauros. Contive-me para não desenhar um raptor a comer uma criança porque naquela altura já não as podia ouvir. Elas não falavam - Gritavam.

Resumindo: Não foi de todo perfeito, nem lá perto, mas acabei por me divertir. O preço do bilhete é demasiado caro para o que nos é oferecido. Se tivesse sabido antes com o que contar, certamente não iria lá gastar dinheiro.


3 comentários:

  1. ok first of all, are you ME??? é o meu dream job ate hoje, arrependo me imenso de nao ter tido os tomates para ter seguido, mesmo sendo impossivel ca mas oh well..

    second, SO JEALOUS!!!!! ja foste ao natural history museum? quando fui chorei, n sabia q havia uma secçao so pra dinossauros ahahaha as fotos todas q tenho tou mesmo com ar abananado

    https://rrriotdontdiet.blogspot.pt/

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  2. OMG tu também?! Somos a mesma pessoa ;_; <3
    Eu hei-de seguir isso nem que vá já de andarilho! Mesmo sendo colega dos netos. Só para poder realizar esse sonho ahaha

    Nunca fui ao Natural History Museum mas está na bucket list!! Quero tanto ver aqueles fósseis lindos todosss

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  3. Olá! O meu filho tem 15 anos e também quer ser paleontólogo. Esta informação foi muito útil. Já não vamos ;) vamos antes beber um café à Lourinhã e ver o novo parque. Obrigada

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